A educação STEM não é só uma metodologia. Na verdade, ela pode ser encarada como uma visão de melhoria e desenvolvimento de toda uma nação. A sigla STEM diz respeito aos nomes das áreas Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática em inglês. Podemos dizer, em resumo, que a educação STEM é um modelo de ensino que procura estimular e melhorar o processo de aprendizado dos alunos através da abordagem em conjunto entre essas quatro áreas.
A educação STEM pode ser também chamada de STEAM, que é quando a Arte passa a se juntar às outras 4 áreas já citadas.
Quando falamos em Ciência, falamos especialmente de química, física e biologia. Na Tecnologia temos desde conceitos básicos até os mais avançados de programação, internet das coisas, big data e inteligência artificial. Por outro lado, na Engenharia, as atenções estão concentradas na prática, na aplicação dos conhecimentos adquiridos para a criação de soluções e melhorias para o nosso dia-a-dia. Por último, mas não menos importante, temos a Matemática que, na verdade, vai servir como base para todos os conhecimentos anteriores.
Assim, o que acontece aqui é que todas essas disciplinas são abordadas ao mesmo tempo com o intuito de criar um ambiente criativo e engajador para os alunos. A seguir vamos falar um pouco sobre como a educação STEM surgiu, qual a sua importância hoje e como é possível aplicá-la na sala de aula.
Um pouco da história da educação STEM
No início dos anos 70, falar de educação STEM era falar, basicamente, de atividades de comprovação. Ou seja, os alunos aprendiam a teoria na sala de aula e iam para um laboratório comprovar aquilo na prática.
Com o passar do tempo e com o avanço tecnológico, essa cultura passou a ser um pouco mais “mão na massa”. O surgimento das impressoras 3D, por exemplo, facilitou esse processo. Se antes os alunos apenas pensavam em soluções para os problemas diários, agora eles podem idealizar e executar tais projetos.
A discussão sobre a necessidade desse modelo de ensino começou no ano 2000, quando os Estados Unidos passaram a perceber a dificuldade que os adolescentes tinham para absorver e colocar em prática conteúdos ligados às ciências (biologia, química e física). Dessa forma, a educação STEM começou a ser incorporada na grade escolar para que os EUA pudessem continuar construindo gerações com grande potência tecnológica.
Qual a importância da educação STEM?
Depois de você ter entendido o que é e como surgiu a educação STEM, chegou a hora de entender a real importância desse método para a evolução do ensino e, consequentemente, do país.
Incentivo à pesquisa e formação de alunos e professores
A educação STEM faz com que as crianças e adolescentes entendam que o aprendizado é o meio e não o fim. Ou seja, aquilo que é ensinado na sala de aula possui uma aplicação prática que pode afetar o dia-a-dia. Esse fato acaba sendo um grande incentivador da pesquisa, uma vez que o aprendizado das ciências passa a ser visto como algo construtivo e não apenas como algo que é preciso saber apenas para ser aprovado.
Além disso, a educação STEM também é uma ótima ferramenta de encorajamento à formação e especialização de professores e alunos. Os primeiros porque, para usar a metodologia STEM, é necessário se especializar e aprender a fazer com que os alunos apliquem esse método em sala de aula. Os segundos porque passarão a enxergar o conhecimento como uma forma de se alcançar o objetivo desejado e não apenas como uma obrigação curricular.
Desenvolvimento da sociedade
Uma sociedade que sabe lidar melhor com os desafios do século XXI começa em uma escola que faz com que seus alunos aprendam métodos práticos que possam ser levados para a vida que eles têm pela frente.
Aplicar a educação STEM nas salas de aula é contribuir para que a sociedade receba, ao fim da vida escolar, cidadãos que entendam os anseios atuais, lidem com essas ansiedades e saibam quais soluções podem ser tomadas diante dos desafios.
Em resumo, podemos dizer que essa metodologia faz com que, aos poucos, a sociedade se torne mais capacitada na área da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Tal fato é de extrema importância para o desenvolvimento econômico, político e social de qualquer país.
Profissionais mais qualificados
Dessa forma, é claro que uma sociedade mais desenvolvida implica em profissionais mais capacitados. Com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, não basta apenas ter um diploma acadêmico. É necessário se destacar.
A educação STEM ajuda nesse sentido porque, além de entregar mais conhecimento, ela ajuda os alunos a enxergarem todo o seu campo de aprendizado e atuação como uma grande mescla de interdisciplinaridade de diferentes tipos de conhecimento. Esses alunos não só enxergarão isso, mas também saberão como é possível chegar a uma solução através do desenvolvimento do pensamento crítico, comunicação, criatividade e colaboração em equipe.
Saber aplicar o conhecimento no dia-a-dia
Pense bem: é rotineiro observar os alunos se perguntando como utilizarão aquilo que estão aprendendo em sala de aula no dia-a-dia. Seja a tabela periódica ou a fórmula de báskara, sempre existe um ponto de desconfiança a respeito da aplicabilidade daquele conteúdo na vida real.
Na educação STEM esse questionamento é levado a sério e os alunos aprendem na prática a teoria que veem dentro da sala. Ou seja, através de atividades práticas, cada estudante usará teorias (da tabela periódica à fórmula de báskara) para produzir soluções para a vida cotidiana.
Como aplicar a educação STEM
Quando a tecnologia entra em pauta, parece que é preciso um alto investimento para fazer com que a educação STEM seja aplicada na sala de aula. No entanto, isso não é verdade. Pelo contrário, uma série de aplicações simples podem fazer com que os conteúdos consigam ter uma aplicação prática.
Pense bem: a maioria de nós já colocou uma caroço de feijão em um algodão molhado para observar uma plantinha surgir dali. Um ato simples, mas que fica gravado em nossas mentes para o resto das nossas vidas. A atividade é feita para mostrar para a criança, na prática, as fases de desenvolvimento de uma planta.
As experimentações que são mais comuns nas séries iniciais, vão se tornando cada vez mais escassas à medida que o tempo passa e as aulas se tornam uma grande repetição: quadro, caneta e o professor fazendo uma exposição.
Por isso, uma simples mudança na abordagem e na metodologia podem fazer uma grande diferença. O profissional atuaria como um mentor que guia os alunos para uma resposta, mas não oferece nada pronto. É preciso fazer com que os estudantes se desafiem e encontrem respostas por eles mesmos, enquanto o professor aponta erros e faz com que eles corrijam esses erros.
Dessa forma, é imprescindível que as escolas encontrem empresas como a Engineering for Kids que oferecem uma equipe preparada para levar essas inovações para as instituições.
É claro que seria muito interessante que as escolas passassem a investir em equipamentos, principalmente para laboratórios de química, física e biologia. Jogos e uma boa sala de informática também seriam úteis para todo o processo. Ainda assim, contratar uma equipe que tem experiência com o mercado e sabe exatamente o que fazer para aplicar a educação STEM na escola pode ser o primeiro passo em uma nova direção educacional.